Pratico bodyboard à 5 anos e quero partilhar um pouco com o leitor o que este desporto significa para mim.
Acordar às 10.30 numa manha de pleno Inverno, olhar pela janela e ver um céu cinzento, carrancudo e antipático que se esforça por nos dizer "fica na cama, que é o que fazes melhor", para a maioria das pessoas seria um belo convite a passar mais umas horas dentro de uma cama quentinha, mas para mim não! A paixão pelo mar fala mais alto.
Ligo o computador, vejo as previsões e não podiam ser melhores: swell de oeste e vento de leste. Toca a vestir qualquer coisa, beber um iogurte e comer uma tosta à pressão e ir para o carro. Pelo caminho vou comunicando com o meu parceiro de crime para que o tempo cinzento e gelado não ganhe a batalha contra a cama quente e confortável. Chego à praia e ai está ele! As ondas já iniciaram o trabalho à muito tempo e não fomos os primeiros a chegar. Direitas, esquerdas e sets de metro. PERFEITO! Visto o fato, pego na prancha e nos pés de pato e corro para o meu velho amigo mar.
2 horas depois saio daquela agua gélida, sem sentir as mãos e muito menos os pés mas com um só pensamento na cabeça: valeu a pena!
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